SAÚDE
SAÚDE
Por Equipe Mamãe Pérola
31 de Março de 2023 08h06
Crianças e eletrônicos
Nos últimos anos, o uso de dispositivos eletrônicos tem se tornado cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. A facilidade de acesso à internet e a grande oferta de aplicativos e jogos disponíveis fazem com que muitos pais e responsáveis permitam que seus filhos usem esses aparelhos por longos períodos. No entanto, essa prática pode trazer consequências negativas para a saúde e o desenvolvimento das crianças.
Uso excessivo de eletrônicos
Uma das principais preocupações relacionadas ao uso excessivo de eletrônicos por crianças é o impacto na saúde visual. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o uso prolongado de celulares, tablets e computadores pode causar fadiga ocular, ressecamento dos olhos e até mesmo miopia. Além disso, a exposição à luz azul emitida por esses aparelhos pode afetar a qualidade do sono, prejudicando o descanso necessário para um desenvolvimento saudável.
Impacto na saúde mental
Outro ponto a ser considerado é o impacto na saúde mental. O uso excessivo de eletrônicos pode levar a problemas como ansiedade, depressão e dificuldades de socialização. Isso porque as crianças que passam muito tempo em frente às telas tendem a se isolar e a perder a capacidade de se comunicar e interagir com outras pessoas. Além disso, muitos jogos e aplicativos disponíveis na internet podem ter conteúdo violento ou inapropriado para a idade das crianças, o que pode afetar negativamente seu comportamento e desenvolvimento.
Uso excessivo de eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo das crianças
Por fim, é importante destacar que o uso excessivo de eletrônicos pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo das crianças. Estudos mostram que o cérebro humano precisa de estímulos variados para se desenvolver de forma saudável, e o uso constante de eletrônicos pode limitar a capacidade das crianças de explorar e aprender por meio de atividades físicas, jogos ao ar livre e interações sociais. Além disso, muitos aplicativos e jogos disponíveis na internet têm um caráter passivo, ou seja, a criança apenas assiste ou interage de forma limitada, o que pode reduzir sua capacidade de concentração e raciocínio.
Pais e responsáveis precisam regular tempo que as crianças passam em frente as telas
Diante desses problemas, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos ao tempo que as crianças passam em frente às telas e busquem alternativas para estimular o desenvolvimento saudável. Uma opção é limitar o tempo de uso de eletrônicos, estabelecendo um horário específico para que as crianças possam brincar com jogos e aplicativos. Além disso, é importante incentivar atividades físicas, como jogar bola, andar de bicicleta e correr ao ar livre, e proporcionar oportunidades para que as crianças possam interagir com outras pessoas e desenvolver habilidades sociais.
Por fim, é importante lembrar que cada criança é única e que o impacto do uso de eletrônicos pode variar de acordo com a idade, o perfil e as características individuais de cada uma. Por isso, é fundamental que os pais e responsáveis conversem com seus filhos e avaliem de forma cuidadosa o uso de eletrônicos em cada caso.
Tempo regulamentado pelos profissionais de saúde para a permanência de crianças em frente as telas por faixa etária
Os profissionais de saúde recomendam que o tempo de exposição às telas seja limitado para todas as faixas etárias. De acordo com a Academia Americana de Pediatria, bebês com menos de 18 meses de idade não devem ter contato com telas digitais, enquanto crianças entre 2 e 5 anos devem ter no máximo 1 hora de exposição por dia. Já as crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos devem limitar o tempo de uso a no máximo 2 horas por dia.
No entanto, é importante lembrar que essas são apenas recomendações gerais e que cada criança pode ter necessidades individuais diferentes. Por isso, é fundamental que os pais e responsáveis conversem com seus filhos e avaliem de forma cuidadosa o uso de eletrônicos em cada caso, sempre buscando equilibrar o tempo de exposição às telas com outras atividades importantes para o desenvolvimento saudável, como a prática de atividades físicas e o convívio social.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria