SAÚDE
SAÚDE
Por Equipe Mamãe Pérola
29 de Março de 2023 8h42
A obesidade infantil é um problema de saúde pública que tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo, inclusive no Brasil. Ela ocorre quando a criança apresenta excesso de peso para a sua idade e altura, o que pode acarretar diversos problemas de saúde, tanto imediatos quanto a longo prazo. Entre esses problemas, estão o diabetes, problemas cardíacos e a má formação do esqueleto, além de problemas emocionais.
A estatística nos mostra dados muito sérios. Segundo Atlas Mundial da Obesidade metade da população mundial até em 2035 terá sobrepeso e que estas taxas estão crescendo rapidamente entre as crianças e nos países mais pobres. No Brasil, em 2023, um terço das crianças já estão em estado de obesidade.
Em entrevista ao para a Revista Pais& Filhos, a nutricionista a Dra Flávia Montanari relata que crianças obesas tem grande possibilidade de se tornarem adultos obesos. Embora não seja um fator determinante, essa possibilidade aumenta ainda mais se os pais forem obesos.
As causas da obesidade infantil são multifatoriais e podem incluir fatores genéticos, comportamentais, ambientais, sociais e psicológicos.
Em relação a fatores genéticos, resultados de pesquisas mostram que, se um dos pais é obeso, o filho tem 50% de chances de se uma criança acima do peso, e se os dois pais estão acima do peso, o risco aumenta para 100%. Isso porque a obesidade pode ser adquirida geneticamente.
Os fatores comportamentais consistem na alimentação como o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar, gordura e sal. O sedentarismo e a falta de atividade física estão incluídos.
Fatores ambientais e sociais, como a falta de acesso a alimentos saudáveis e espaços seguros para brincadeiras e atividades físicas.
Nos fatores psicológicos, profissionais da Fiocruz ressaltam que ainda que a ansiedade causada pelo stress do dia-a-dia podem afetar crianças e adolescentes podendo contribuir com o aumento de peso, pois a ansiedade os faz comer compulsivamente mesmo sem fome.
Psiquiatras alertam que geralmente crianças obesas têm problemas psicológicos. Possuem autoestima baixa, são excluídas de determinadas brincadeiras, podem sofrer bullying. Isso faz com que elas se tornem tímidas e se sintam envergonhadas, resultando num isolamento que não faz bem a elas. Temos que levar em conta que esses comportamentos se agravam ainda mais na adolescência.
Sabemos que desde o pré-natal os profissionais que acompanham a gestante fazem mapeamento destes fatores de risco para promover uma saúde estável para criança. Passando esse período os pais e responsáveis precisam estar atentos ao peso e à saúde das crianças, buscando ajuda médica sempre que necessário.
Mudar hábitos alimentares como evitar alimentos com alto teor de gordura, bebidas açucaradas como os refrigerantes e sucos industrializados e fast food. Inserir na alimentação frutas, vegetais, grãos integrais. Diminuir a exposição às telas e praticar atividades físicas.
Sempre que possível realizar as refeições em família pois filhos se espelham nos pais, da mesma forma ao precisam ver os pais praticarem atividades físicas, assim entenderão que esse hábito é importante e faz parte de uma vida saudável.
Como vimos são muitos fatores que devemos levar em conta em relação a obesidade infantil. A conscientização é primeiro passo seguido das mudanças alimentares e a prática de atividades físicas, e um bom acompanhamento psicológico quando necessário. Com essas atitudes podemos mudar o rumo das estatísticas, além de promover a saúde física, emocional e psicológica para nossas crianças e adolescentes.